segunda-feira, 29 de julho de 2013

SEMEANDO E COLHENDO



"Um discípulo foi encontrar com seu mestre. Desejava uma orientação mais clara sobre seu caminho. Assim que viu o mestre, o saudou e questionou:

- Mestre, gostaria muito que o senhor me desse uma orientação sobre o que 
fazer de minha vida. Sinto que posso ser útil a humanidade, mas não sei por onde começar o trabalho e o que fazer. Por favor, peço que o senhor me instrua a esse respeito e me diga o que fazer.

O guru ouviu seu discípulo e disse:

- Ninguém, nem mesmo um guru, deve dizer a uma pessoa o que fazer.

- Por que não mestre? Perguntou o discípulo.

- É simples, respondeu o mestre. Se eu te disser que obra iniciar, você fará apenas por que eu disse para você fazer, e a tendência será que tu sigas a risca as minhas palavras, sem muita liberdade de ação e sem criatividade de tua parte.

- Mas mestre, interpelou o discípulo. Se tu me deres uma coordenada mais exata, minhas chances de falhar seriam muito pequenas.

- Sim, é verdade, concordou o mestre. Mas se eu te disser “desempenha esta ou aquela tarefa” e tu a realizar, os frutos deste trabalho não serão teus, mas meus, posto que apenas fizeste o que eu determinei. Estes seriam os frutos do trabalho da boa obediência a uma tarefa superior. Eles são positivos, sem dúvida, mas sua colheita é fraca e limitada, posto que ela não nasceu de dentro de você. Se fizeres apenas o que lhe ordenam, não colherás os frutos da iniciativa própria. O serviço baseado na mera obediência a ordens externas não é útil ao teu desenvolvimento espiritual. O trabalho que brota no âmago do teu ser, aquilo que jorra da tua consciência, este sim lhe pertence. Somente agindo assim purificarás teu espírito."

Grupo Espírita Oscar Nelson


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