Acreditar em si mesmo é fundamental
para o médium, mais até do que a
crença que os outros possam nele
depositar. O médium que crê em seus
própositos, no exercício da mediunidade,
não se questiona em excesso,
obstaculizando a atuação dos espíritos.
Para ele, não terão tanta importância
as reservas com que as pessoas,
inclusive algumas de sua convivência mais
próxima, lhe recebam os comunicados.
Escrevendo aos Coríntios, Paulo asseverou
com clareza: "A profecia é para os que creem;
não para os que descreem". O médium que
pretendesse ser instrumento de convição
para todos, com certeza, se pertubaria.
Que se acostume, pois, o companheiro
da mediunidade, a conviver com o
questionamento alheio, que sempre
deverá interpretar por convite ao
constante aprimoramento de suas
faculdades. Que não esmoreça na
tarefa e nem se desalente.
O músico de pequena habilidade
instrumental, caso persevere em
seus esforços, poderá se tornar um
expert; o médico cirurgião, quanto mais
maneje o bisturi, mais exímio se fará...
Que o médium não espere dos homens
a consagração de suas faculdades
mediúnicas. Periodicamente, provas
surgirão testando a sua humildade e
a sua capacidade de absorver as críticas
e continuar trabalhando. Admitindo os
limites de suas possibilidades, apenas
lamentará não ser tão útil quanto deseja,
mas seguirá adiante, oferecendo o que pode.
Jamais se acomodará, procurando
ampliar os seus recursos com o único
propósito de ser melhor instrumento
de consolo e de esclarecimento.
Consciente de suas imperfeições de ordem
moral, registrará as acusações que lhe façam,
entendendo que os que o criticam sem se
disporem a fazer melhor, estarão mais
grandemente equivocados que ele.
Traçará, com Jesus, a sua meta e não se
arredará do caminho, convicto de que somente
à consciência prestará contas de seus atos.
Produzirá objetivando o crescimento espiritual
das criaturas e não a interesses de ordem
pessoal, na expectativa de aplausos e
reconhecimento público.
Abraçará a mediunidade por espírito de
sacrifício e por amor ao ideal, entendendo
que os bons sentimentos ainda provocam,
no mundo, a reação contrária de quantos
não conseguem nivelá-los.
Servirá exaustivamente com o pensamento
de que, ao deixar o corpo, nada deve aspirar
a não ser a possibilidade de continuar
vinculado à tarefa em que se redime.
Não olvidará que o seu presente estágio
mediúnico lhe ensejará ser melhor médium
no futuro, desde, é claro, que não deserte
ao campo de suas obrigações espirituais.
Observará em sua condição de médium,
restrita, embora abençoada oportunidade
para que a crença na sobrevivência se
generalize e, em se generalizando, modifique,
em profundidade, os hábitos humanos,
porquanto somente quando a ideia da
imortalidade se difundir, os homens
viverão com maior responsabilidade.
Nunca competirá com os demais
medianeiros, renunciando a qualquer tipo
de privilégio, compreendendo que todos
os médiuns são chamados a ocupar o
espaço que lhes diz respeito e que,
consoante as palavras do Senhor, a seara
é imensa e os trabalhadores são poucos.
Do livro: Conversando com os Médiuns
Pelo Espírito de: Odilon Fernandes
Psicografado por: Carlos A. Baccelli
sábado, 4 de abril de 2009
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2 comentários:
Essa mensagem sobre médiuns e mediunidade está muito boa!
Como seria bom que todos os médiuns
pudessem ler esta mensagem, ou mesmo o livro indicado por vocês do GEON.
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