domingo, 8 de novembro de 2009

TRIUNFO DA IMORTALIDADE

Por mais se prolongue a existência física na Terra,
momento chega, no qual a inevitável ocorrência da
morte se encarrega de modificar a estrutura orgâni-
ca do ser, conduzindo o corpo à decomposição, à mo-
dificação do fenômeno vital.
Por essa razão, a morte se afigura como sendo a gran-
de destruidora da alegria e dos sonhos dos viandantes
carnais. Nada obstante, sem ela, a longevidade estrutu-
ral da matéria se transformaria em pesado fardo de afli-
ções, que as criaturas teriam muita dificuldade em con-
duzir. Para aqueles que, da existência terrena somente
auferiram alegrias e prazeres, juventude e bem estar,
o sonho ilusório do prosseguimento no corpo ante a fa-
talidade biológica da desintegração, constitui motivo de
desagrado, quando não de revolta e de terror. No entan-
to, mesmo para esses, o suceder dos dias impõe, sem
qualquer impedimento, o desgaste, o envelhecimento,
as transformações orgânicas, abrindo espaço para enfer-
midades variadas, que prenunciam o momento fatal da
diluição da forma. Para outros, aqueles que experimen-
taram sofrimentos e angústias, passando por tormentos
inomináveis e dores excruciantes, a morte representa
bênção de inefável conforto, que os auxilia a encerrar o
capítulo afligente em que estertoram.
A morte, de alguma forma, apresenta-se paradoxal.
Muitas vezes, em um lar rico de alegrias, arrebata um
jovem e deixa um ancião, ou colhe em suas malhas uma
pessoa saudável em vez do enfermo que anela pela sua
presença... . Surpreende, quando alcança os indivíduos
felizes e ricos de planos para o futuro, deixando de lado
outros tantos que perderam as razões naturais e os estí-
mulos para continuarem no corpo... . Poupa os pacientes
em demorada agonia e elege crianças e jovens que ainda
não tiveram oportunidade de experienciar realmente a
viagem carnal. Pacientemente, porém, desempenha o
seu mister de conduzir todos os seres vivos na direção
de outra realidade. Embora combatida e detestada, é a
mensageira da vida, que se encarrega de renovar a Terra
e a sociedade, convidando todos à reflexão em torno da
sua inexorabilidade. Com muita propriedade, afirmou
Sócrates que todos ao nascerem já se encontram
condenados à morte. Considerada sob o aspecto
materialista, é a grande aniquiladora, após cujo
fenômeno coisa alguma resta... .
A verdade, porém, é bem outra.
Não existe a extinção da vida, mas sim a
transformação de moléculas materiais, que liberam
o ser eterno na sua peregrinação evolutiva.
Morrer, é, pois, transferir-se para outra dimensão da
Realidade. A imortalidade do ser é incontestável, porque
nada se consome, desaparecendo integralmente.
Tendo em mente que prosseguirás após o túmulo, vive
de tal forma que despertes renovado e confiante após
a transformação orgânica. Mantem-te consciente a
respeito dessa fatalidade biológica - a morte - vivendo
de tal forma que te encontres sempre preparado para o
momento que a todos aguarda. Tem no pensamento
que, cada minuto pode ser aquele que antecipa
a libertação. Age de forma que, se a morte advier,
estarás em condições espirituais de ser feliz,
sem saudades ou amarguras dos dias que se foram
e com expectativas felizes a respeito daqueles que
virão. Faze-te agente da alegria onde estejas e com
quem te encontres, de tal forma que não lamentes o
que deixaste de fazer ou o que realizaste de maneira
inconsequente. Considerando a transitoriedade da
organização física, desenvolve os teus valores
internos, crescendo na direção de DEUS,
que te aguarda amorosamente. Não acumules
remorsos ou sentimentos pertubadores, que
te poderão afligir após a libertação do corpo.
Se consegues identificar prejuízos na economia
da tua existência, repara os males que fizeste
quando antes, mediante uma conduta saudável
e produtiva. Nunca transfiras para amanhã o
bem que podes realizar hoje.
Evita as disputas intérminas por questões
imediatistas, que a morte pode interromper,
deixando-te desolado e infeliz. Estrutura a tua
existência por meio de ações edificantes,
considerando que te encontras em viagem,
da qual retornarás com os tesouros morais que
amealhastes e não com os objetos, títulos e
honrarias que ficam no olvido... (esquecimento).
És Espírito indestrutível e, como tal, deves
comportar-te, mantendo-te consciente de que tudo
passa, menos as construções íntimas que falam
da tua realidade pessoal. Morrer, é fenômeno
biológico de rápida ocorrência, inevitável.
Viver é impositivo da Lei Universal, incontestável.

Quando todos pensavam que a crucificação houvera
aniquilado o Justo, e se deixavam dominar pelo
desespero, saudade e incertezas, eis que ELE
retorna da sepultura em gloriosa aparição,
(efeito físico)- ressurreição trazendo a segurança
sobrevivência à morte, em demonstração
de imortalidade em triunfo. Pensa em Jesus e
entrega-te a Ele. Vive de tal forma que, ao
abandonares o corpo, ressurjas das cinzas e dos
destroços em feliz madrugada de esperanças
novas. Se alguém, a quem amas, te antecedeu
na viagem de volta, aguarda-o, enquanto oras por
ele, certo de que nada impede a continuidade do
amor, nem o prosseguimento da vera fraternidade.
Os teus mortos queridos estão vivos e voltam
a conviver contigo. Eleva-te em pensamento e
sintoniza com eles, nas faixas sublimes da ternura e
da gratidão, do afeto e da esperança, realizando o
suave intercâmbio que manterás além da cortina carnal
sob as dádivas da incomparável misericórdia de DEUS.
DE: Joanna de Ângelis
Psicografada por: DivaldoP. Franco

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