Não posso dar-te soluções
para todos os problemas da vida
nem tenho resposta
para as tuas dúvidas e temores,
mas posso escutar-te
e compartilhar contigo.
Não posso mudar o teu passado
ou o teu futuro,
mas quando precisares
estarei junto de ti.
Não posso evitar que tropeces,
somente posso oferecer-te a minha mão
para que te agarres e não caias.
As tuas alegrias, os teus triunfos
e os teus êxitos não são meus.
Contudo, desfruto sinceramente
quando te vejo feliz.
Não julgo as decisões
que tomas na vida.
Limito-me a apoiar-te,
a estimular-te e a ajudar-te,
sem que me peças.
Não posso impor-te limites
que circunscrevam a tua ação.
Só te ofereço espaço necessário para crescer.
Não posso evitar o teu sofrimento
quando alguma dor te partir o coração,
mas posso chorar contigo
e recolher os pedaços
para de novo os juntar.
Não posso dizer-te quem és
ou quem deverias ser.
Apenas posso amar-te
como és e ser teu (tua) amigo(a).
Nestes dias pensei nos meus amigos.
Não estavas em cima
nem embaixo, nem no meio.
Não encabeçavas, nem concluías a lista.
Não eras o número um,
nem o número final.
E tão pouco tenho a pretensão de ser o
primeiro, o segundo ou o terceiro da tua lista.
Basta que me queiras como amigo(a)
Dormir feliz, emanar vibrações de amor,
saber que estamos aqui de passagem,
melhorar as relações.
Aproveitar as oportunidades,
escutar o coração, acreditar na vida.
Obrigado(a) por seres meu(minha) amigo(a).
(Jorge Luis Borges)
domingo, 9 de agosto de 2009
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